Sintra Notícias | 27 Outubro, 2018
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa apelou, no final do Congresso, “Sintra, Economia 20/30” que decorreu no Centro Cultural Olga Cadaval a que, “à entrada de um ano eleitoral, se fale mais de futuro a médio e longo prazo, mais do que é estrutural e menos do que é conjuntural”.
Na sessão de encerramento do Congresso que discutiu e debateu na procura um modelo inovador e que visa estreita a interação entre o tecido empresarial, a universidade e o setor público, através da constituição de grupos de trabalho para as áreas mais diversas área de actividade da economia do município de Sintra, o presidente da República, aproveitou a ocasião de sublinhar o contributo das Instituições para a coesão nacional, dentre elas “as Forças Armadas, um elemento prestigiante para o nosso País, fundamental tanto no presente como para o futuro da Sociedade portuguesa”.
Logo no início do seu discurso, Marcelo começou por falar de “saudade de ser autarca”, acrescentando que “quem é autarca uma vez na vida, nunca mais deixa de o ser”, disse o Presidente da República, interrompido por uma salva de palmas, destacando a “dimensão do Congresso, ‘Sintra, Economia 20/30′, “pela forma como foi preparado e concebido”, num município “com particular responsabilidades e especiais oportunidades”, no concelho com “maior diversidade cultural e religiosa do pais”.
Pensativo, e em jeito de confidência, “algumas vezes tive a impressão que Sintra podia ser uma oportunidade perdida. Algumas vezes, olhando para o que Sintra tinha sido, – terra de Reis, noutros tempos -, do que foi sendo, – terra de história, de cultura e civilização-, mas terra de tecido económico e social, algumas vezes me perguntei, mas será possível que Sintra com estas potencialidades, não vai ter um papel deliberante fundamental no nosso país? Isto é possível? Só por distração dos Sintrenses”, respondeu.
Já na parte final do seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou a importância da realização do Congresso, que “não podia ser mais oportuno, sensato e estimulante, porque não está a discutir a eleição do próximo ano ou dos próximos três anos. Sintra está a discutir o futuro para muitos anos”, notou com regozijo o Presidente da República, muito aplaudido e saudado pela plateia que encheu o auditório, Jorge Sampaio, do Centro Cultural Olga Cadaval.
Antes, Basílio Horta no encerramento do congresso afirmou que “este congresso nasceu bem, pois partiu da iniciativa do Conselho Estratégico Empresarial, ou seja, do tecido empresarial de Sintra e termina melhor pois todos os setores da economia sintrense, através dos seus porta-vozes, tiveram a oportunidade de criticar e de propor. Criticar o que precisa de ser corrigido a nível local ou nacional e de propor medidas administrativas ou legislativas capazes de corrigir os erros detetados ou de preencher as omissões constatadas. Tudo no sentido de melhorar a produtividade da sua elaboração e dessa forma assegurar a competitividade numa economia globalizada”.
“Sintra tem grandes empresas nacionais e internacionais, tem grandes empresários a que muito se deve o êxito deste congresso. Sintra garante um ambiente único e singular para viver. Daí que este congresso tenha sido um momento de esperança e de realização, um ponto de partida para a Sintra da década 20/30”.
“Todos saímos mais fortalecidos. A Câmara mais responsabilizada, mas também mais confiante nas empresas e nos trabalhadores do concelho, na sua capacidade para continuarem o magnífico trabalho no presente, mas com os olhos postos no futuro”, terminou o autarca.
Debatidos três painéis temáticos
Durante a tarde foram apresentados e debatidos três painéis temáticos que correspondem aos eixos estratégicos da autarquia, dedicados ao desenvolvimento económico e sustentabilidade ambiental, inovação tecnológica e universidades e mobilidade sustentável, que foram moderados por Nicolau Santos.
No painel sobre desenvolvimento económico e sustentabilidade ambiental estiveram no palco João Talone, da Magnum Capital, Jorge Rebelo de Almeida, do Vila Galé, Maria de Lurdes Rodrigues, do ISCTE, Miguel Matos, da Tabaqueira, Riad Mechlaoui, da Hikma.
Seguiu-se depois o painel Inovação Tecnológica e Universidades, que contou com a participação de Abel Aguiar, da Microsoft, de Isabel Capeloa Gil, da Universidade Católica Portuguesa, de Júlio Gonçalves, da CGI e de Nuno Vasco Lopes, da Glintt.
Por fim, o painel Mobilidade Sustentável, em que subiram ao palco Arlindo Oliveira, do Instituto Superior Técnico, Bernardo Vila, da Mercedes-Benz Portugal, Carlos Gomes Nogueira, da CP, José Manuel Viegas, do Instituto Superior Técnico e Margarida Neta, da Transitec.
Jorge Coelho, presidente do Conselho Estratégico Empresarial, tirou as conclusões destes três painéis, mencionando as necessidades identificadas em Sintra e no país, da mobilidade à mão-de-obra.