O presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta e o primeiro-ministro, António Costa deram início ao debate sobre o desenvolvimento económico, inovação tecnológica e universidades, a sustentabilidade ambiental e a mobilidade de Sintra, que se realiza esta sexta-feira, no Centro Cultural Olga Cadaval.
“Este congresso não será apenas um ponto de chegada, será um ponto de partida para a Sintra da década 20/30” afirmou Basílio Horta no arranque do congresso.
“Desde o primeiro mandato adotamos e desenvolvemos uma estratégia de proximidade ao nosso tecido empresarial, porque entendemos que a melhor forma de fazer política social é criar emprego. Assim se estimula a economia pela procura e se confere dignidade às pessoas e ás famílias”. “Sintra tem um enorme potencial para atingir patamares de crescimento a nível nacional e internacional que conduzirá ao aumento da qualidade de vida de quem vive em Sintra”, refere o edil.
O presidente da autarquia explicou que “se Sintra mantiver a sua atual saúde financeira os setores prioritários a desenvolver passam pela educação e formação profissional, a mobilidade, o ambiente e o espaço público”.
“O orçamento municipal para 2019 atingirá os 205 milhões de euros" e o município continuará a ser "o principal investidor no concelho, prevendo até 2021 investir cerca de 160 milhões de euros", adiantou.
Neste congresso participam agentes económicos, académicos e do setor público com o objetivo de apontar caminhos na definição das políticas públicas que garantam o desenvolvimento inclusivo do segundo maior concelho do país, em termos populacionais, na próxima década.
António Costa saudou a autarquia pela organização deste importante congresso, “este congresso é um bom exemplo de como as autarquias locais conhecem bem qual é a prioridade da sua ação hoje. A principal prioridade de uma autarquia local é trabalhar e concentrar-se no desenvolvimento económico e social dos seus territórios, assim contribuindo decididamente para podermos ter um país onde a economia continue a crescer e a gerar emprego mais e melhor e Sintra é desse ponto de vista um exemplo”.
“O desenvolvimento do país ganha confiando nas nossas autarquias locais”, terminou o primeiro-ministro.
Durante a manhã foram também apresentadas as recomendações para as atividades económicas de cada grupo de trabalho nos setores da agricultura, comércio, indústria, serviços e turismo, com moderação de Jorge Coelho, presidente do Conselho Estratégico Empresarial de Sintra.
Francisco Salvador, da Estevão Luís Salvador, do setor agricultura aponta como principal desafio do setor agrícola de Sintra a falta de uma estrutura agrária no município.
Já Luís Fagundes, do Lidl, (grupo comércio) refere que o principal desafio é por exemplo a burocracia.
No setor dos serviços, Filipe Loureiro, da José de Mello Saúde, reforça que é necessário criar uma universidade em Sintra. Até porque seria uma “excelente parceira” das atividades em causa.
Por sua vez, Joana Pascoal, da Associação de Turismo de Sintra, sublinha que é preciso conhecer de modo aprofundado o município, nomeadamente para se tomarem decisões ao nível da mobilidade.
Pedro Amaral, da Frontwave e em representação da indústria, seleciona por sua vez a aposta na comunicação como medida a implementar de modo imediato. A médio-longo prazo seleciona a qualificação e a mobilidade.